
Deixei ali, de lado...
Hoje resolvi tirar essas roupas de astronauta,
Coloquei dentro do baú os uniformes de aviador.
Quero meus pés bem colados ao chão.
E se entrar em meu avião, procurar por vôos rasos,
Desses que não dá medo de voar.
Ele vai gritar de fora da janela: COVARDIA!
E eu respondo daqui, com um grito de dentro,
Baixo e rouco: TENHO MEDO DE AMAR!
Mas o medo passa, a dor passa, porque sempre passa...
Mesmo o amor que entra pela porta, salta pela janela,
Sem dar tempo de dizer depressa, ou beijo de ameaça
Insinuando palavras como: VAI SENTIR SAUDADE!
E mesmo assim ele parte,
Tão logo eu fico só, e presa ao chão
Terra firme, e talvez amanhã, novamente e sem medos
Eu volte a voar.
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