segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Olhos e estrelas


Era só uma menina com poucos anos de idade, que não significava tanto em sua vida naquele momento.
Ela tinha sonhos, quando de olhos abertos, debruçava no muro de casa, contanto estrelas. E imaginando como seria a vida, dali alguns anos.
Passava a sua mão tão pequena no muro sem reboco, daquela mesma casa vazia...
Já podia perceber que seu futuro seria tão solitário como das estrelas, que entre elas faziam duetos, mas quando olhava pro céu, só sentia melancolia.
Era tão pequena e já capaz de sentir o peso da vida, que em seus ombros caiam, mas assim mesmo sonhava, com coisas pequenas, mas que para ela era tão grande, tão maior que seu próprio corpo, ali franzido de medo.
Depois que crescera Gabriela não era diferente daquela menina de mãos pequenas que um dia sonhou com o futuro inesperado.
Era a mesma insegurança de quem nunca conheceu de fato a vida. Era a menina do medo, assim descrevia quando falava em solidão na solidão de si mesma.

Um comentário:

  1. Poeta Melancólico.
    Poeta solitário.
    Poesia, a arte de viver.
    De seguir...
    Pra onde a vida levar.

    Beijão carinhoso, Nati.
    Dora.

    ResponderExcluir